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Frida Kahlo

Foto do escritor: Isabela SalgadoIsabela Salgado

Eu residi na Cidade do México no ano de 1987. Tinha acabado de entrar na PUC de São Paulo, mas tranquei a matrícula para acompanhar minha irmã na sua estadia. Ela foi para o país a fim de trabalhar na UNAM - Universidade Autônoma do México, como pós doutora na área de Bioquímica.

Morávamos perto do campus e enquanto minha irmã estudava e trabalhava, eu cuidava da minha sobrinha, que depois, começou a frequentar a escola, se adaptou e eu regressei ao Brasil.

De todos os passeios que eu fiz, os que mais me marcaram foram a visita ao Museu Nacional de Antropologia, a Pirâmide do Sole da Lua, e a ida a Casa Azul, museu que conta a vida de Frida Kahlo e Diego Rivera. Tudo na história desta mulher me toca de uma forma especial. Frida foi vítima de um acidente de trânsito que marcou sua vida, e que ela retratou na sua arte. A vida com Diego teve muitos sobressaltos, e mesmo sofrendo com ele, viveu próxima do companheiro até sua morte. Me identifiquei muito com ela: também tive um acidente que marcou muito minha vida, deixei de dançar, mas não tive as dores horríveis que ela teve. Já no amor, amarguei decepções como ela. Por isso compreendo tanto sua vida, suas passagens, seus percalços. Na foto ela aparece com uma das bonecas que colecionava. Mais uma semelhança: eu tive uma coleção de bonecas, e eram os brinquedos de que eu mais gostava. Na adolescência eu doei a coleção de bonecas e até hoje me arrependo. Enfim, Frida, tão longe e tão próxima. Poucas pessoas na vida nos dão essa sensação de familiaridade. Por isso talvez ela tenha se tornado tão importante para a história da arte, para a história das mulheres. Frida é um pouco de cada uma de nós.

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