Historiar a cidade de Campinas, na qual eu vivo desde criança (meu pai era paulistano, cheguei aqui aos 3 anos de idade), hoje é um prazer para mim. Conheço muitos lugares, espaços, becos, mas com a maturidade esse historiar se tornou mais prazeroso: uma espécie de liberdade (que acredito, venha com a idade) de registrar exatamente (sem filtro), o que sentimos.
Hoje foi dia de ir ao ITAL, Instituto de Tecnologia de Alimentos. Podemos dizer que o ITAL é como um filho do IAC - aliás, até a Embrapa é filha do IAC. Todos nós, campineiros e brasileiros. Quase tudo que se planta no estado de SP, e muitos outros estados e locais do Brasil, passou pelas pesquisas do IAC, e herdou essa tecnologia dos alimentos. O Agro que o diga! Mas pera aí: eu não sou historiadora da ciência. Mas como sou uma eterna buscante, mergulhei desde 2023 nesse universo quando elaboramos o site que conta a história das instituições de pesquisa de Campinas e Região + Unicamp + PUC Campinas, e assim me atrevi a começar a falar sobre ciência, pesquisa, inovação e tecnologia. E as instituições, para se aproximar cada vez mais da população, estão abrindo suas portas para dizer: "olha, o que a gente faz aqui, chega pra vocês todos os dias, não é bicho de outro mundo, não. É Ciência".
Hoje eu entendo a paixão da minha irmã mais velha - professora do Instituto de Biologia da Unicamp por 30 anos - pela ciência, e descubro aos 59 do segundo tempo esse prazer: divulgar ciência, conhecimento, todos os cantos dessa cidade que transpira isso, trabalha com isso, faz isso. Ciência. Tudo passa pelas pesquisas. Se quisermos fazer alguma coisa bem feita na vida, é preciso pesquisar muito, investigar, mergulhar, ir fundo. Espero, aqui, contar essas histórias, sobre essas visitas aos institutos, e inspirá-los a nunca deixar de buscar. É isso o que me mantém viva, é isso que faz um historiador, busca sempre.
Espero que essa sede de conhecimento chegue até vocês.
Até!
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